Nas partes mais altas da Serra do Espinhaço se encontram os Campos Rupestres, ecossistemas muito especiais com incrível biodiversidade e importantes recursos naturais. São verdadeiros jardins, com plantas exuberantes que crescem em meio a afloramentos rochosos – o termo rupestre, inclusive, se refere à rocha. São espécies muito resistentes, adaptadas a condições extremas e muito adversas tais como solos rasos, alta incidência solar, ventos fortes, grande amplitude térmica e desidratação excessiva.
Há uma enorme diversidade de espécies de plantas nos Campos Rupestres da Serra do Espinhaço, cerca de 5 mil, o que representa 15% de toda a diversidade da flora brasileira, sendo mais de 40% dessas espécies endêmicas e, portanto, exclusivamente encontradas na região.
Fotos: Maíra F. Goulart
A alta taxa de endemismo é especialmente marcante em algumas famílias botânicas, como é o caso da Eriocaulaceae na qual 85% das espécies são endêmicas desses ecossistemas. Muitas espécies dessa família são conhecidas como sempre-vivas pois suas inflorescências permanecem com forma e cor praticamente inalteradas após serem colhidas, como se estivessem realmente vivas. Elas são utilizadas no artesanato típico da região.
Fotos: Maíra F. Goulart